Curta e Siga


Resumo das dores na coluna vertebral






Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

Protrusão discal

O Dicionário Médico Ilustrado Dorland define a hérnia como sendo a protrusão anormal de um órgão ou outra estrutura do corpo através de um defeito ou uma abertura natural em um invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso. Portanto, toda hérnia é uma protrusão. Mas nem toda protrusão é uma hérnia.
Para que se constitua em hérnia, a protrusão deve ir além da abertura natural do invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso; ou rompê-lo. Essa é a diferença entre protrusão discal e hérnia de disco. Na chamada protrusão discal, o disco não rompe o anel fibroso. Na hérnia discal ocorre ruptura do anel fibroso em volta do disco intervertebral, e projeção do disco além desse anel, saindo da cavidade que o contém, conforme mostrado na figura abaixo.

 

 

Sintomas

Esta lesão é caracterizada por dor local, que é aumentada pelo tossir e espirar, pelo espasmo da musculatura paravertebral e antalgia da coluna lombar. Quando ocorre pressão nas raízes nervosas vertebrais, cria-se uma dor que se irradia pela perna. Essa compressão nervosa pode acarretar déficit de força muscular nos membros inferiores
Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos).

Causas

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir e realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas, aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996)
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar pesos
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais

 

 

LOMBALGIA

Denomina-se de Lombalgia, o conjunto de manifestações dolorosas que acontecem na região lombar, decorrente de alguma anormalidade nessa região. Conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional, tendo incidência apenas menor que a cefaléia entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem. De acordo com vários estudos epidemiológicos, de 65% a 90% dos adultos poderão sofrer um episódio de lombalgia ao longo da vida, com incidência entre 40 e 80% da maioria das populações estudadas.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da lombalgia são citados como uma dor lombar, que corresponde à região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da cintura. Apresenta-se geralmente de começo discreto, com intensidade aumentando progressivamente e agravando com a mobilidade da região. Acompanha comumente a estas situações, algum grau de contratura muscular.
As crises dolorosas geralmente apresentam-se em um ciclo de dor que duram alguns dias, podendo em alguns casos tornar-se constante ou desaparecer, retornando depois de algum tempo.
Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma de postura, seja sentado ou em pé, provoca o aparecimento da dor. A persistência dos sintomas ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob o ponto de vista social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios secundários, como os de ordem emocional.
Em termos etiológicos, a lombalgia é um processo eminentemente clínico, onde os exames complementares devem ser solicitados apenas para confirmação da hipótese diagnóstica.

Causas da Lombalgia

Inúmeras circunstâncias (fatores de risco) contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes lombares, tais como: fatores genéticos e antropológicos, psicossociais, obesidade, fumo, atividades profissionais, sedentarismo, maus hábitos posturais, síndromes depressivas, trauma, gravidez, trabalho repetitivo, entre outras.

 

Cervicalgia

A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento.


Sintomas e sinais

O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Em relação à dor, o paciente pode queixar-se desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas "alterações neurológicas".
O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.

Causas da Cervicalgia

As cervicalgias podem ser decorrentes, de desordem mecânica, fatores posturais e ergonômicos ou ao excesso de sobrecarga dos membros superiores. A dor cervical resulta em perda na produtividade importante em certas ocupações e a maior predisposição de lesão associa-se a certos tipos de atividades e à idade. A cervicobraquialgia caracteriza-se por dor cervical com irradiação para membro superior, normalmente devido à compressão da raiz nervosa proveniente da região cervical sub-axial. Trabalhos que envolvam movimentos repetitivos de membros superiores e flexão da coluna cervical estão relacionados à dor cervical.

 

Dor lombar

A dor nas costas é uma queixa muito comum, chamada também de lombalgia é uma dor que ocorre na parte inferior da coluna vertebral (coluna lombar). Cerca de três em cada quatro adultos vão ter dor nas costas durante sua vida esses números podem subir, devido o aumento do número de idosos.
Uma grande parcela da população nos dias de hoje, convive com dor nas costas, resultado de má postura, sedentarismo, posições incorretas no ambiente de trabalho, nos afazeres domésticos entre outros fatores associados incluindo, a execução errada de exercícios.

Sintomas

A dor nas costas pode ser aguda ou crônica. A dor aguda pode durar dois meses, mas a dor crônica pode durar toda uma vida.
O paciente refere que sua coluna está travada, ele tem limitação na flexão anterior da coluna, dor e limitações nos primeiros movimentos da manhã.

Causas

Sedentarismo, idade, herança genética, postura no trabalho, levantar pesos inclinando a coluna para frente, prática esportiva com movimentos repetitivos.

  • Saiba mais sobre o ITC Vertebral
    Conheça nosso tratamento
    Anatomia e Doenças da Coluna Vertebral

 

Dor Ciática (Ciatalgia)

A dor ciática é uma dor persistente ao longo do nervo ciático, que se inicia na região lombar, passa pelas nádegas e vai até a parte mais baixa de uma ou duas pernas. Este é o nervo mais longo do corpo. A dor aparece quando este nervo está irritado através de uma inflamação, por uma compressão externa, pelo deslocamento do disco intervertebral, pela hérnia de disco na coluna lombar ou por uma contratura do músculo piramidal.

Sintomas

Pinçadas ou espasmos de dor na parte baixa da coluna e ao longo do nervo ciático, que percorre pela parte profunda da coxa e/ou superficial da perna indo até o pé. A dor geralmente é sentida como uma pontada ou uma queimação. Às vezes, começa gradualmente, piora durante a noite e é agravada pelos movimentos. A dor ciática também pode causar formigamento, parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos músculos da perna afetada.

Causas

Podem ser traumatismo, hérnia, ruptura ou desvio dos discos que se encontram entre as vértebras lombares L4, L5 e S1, espasmo ou fadiga do músculo piramidal.

 

LORDOSE

Curvatura da coluna vertebral com convexidade anterior. A lordose é normal (lordose fisiológica) na região cervical e lombar. É anormal quando se situa noutra parte da coluna vertebral ou quando é muito acentuada, neste caso fala-se em hiperlordose.

A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão pélvica e consequetemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma compensação.
A anteversão pélvica pode estar associada a um desequilíbrio dos músculos abdominal e glúteos, que estão enfraquecidos, e na musculatura lombar que se apresenta encurtada.
Já a retificação da lordose lombar, esta associada a retroversão da pelve, originando um costa plana, com diminuição da mobilidade.
A hiperlordose cervical é caracterizada por uma proeminência da cabeça, caracterizando um pecoó mais alongado à frente.
A retificação da lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição de mobilidade.

Sintomas

  • Modificação da postura do corpo
  • Limitação da mobilidade da coluna.

Causas

  • Atitude assumida (má postura)
  • Fadiga
  • Fraqueza muscular
  • Gravidez
  • Obesidade

ESCOLIOSE

A coluna vertebral vista por trás deve ser reta, alinhada. A escoliose é uma deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do espaço (Souchard e Ollier, 2001). Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas para frente e para trás e em volta do seu próprio eixo. Essa torção em maiores graus determina a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada.
Classificação da escoliose quanto a forma da curva: curva simples, sendo esta à direita ou à esquerda (escoliose em "C"); Curva dupla, (escoliose em "S"). Lembrando que a direção da curva é sempre identificada pela convexidade da coluna.
Classificação das curvaturas escolióticas, podendo estas serem: cervicotorácicas, torácicas, toracolombares, lombares e lombossacrais.
Relacionando o grau da angulação da escoliose e o tratamento correspondente, temos:
1)0 à 10 graus: não há necessidade de tratamento fisioterápico.
2)10 à 20 graus: há necessidade de tratamento fisioterápico.
3)20 à 30 graus: tratamento fisioterápico e uso de colete ortopédico
4)30 à 40 graus: uso do colete ortopédico
5)40 à 50 graus: somente tratamento cirurgico.

Causas

  • Idiopática : causa desconhecida (70% dos casos)
  • Neuromuscular : seqüela de doenças neurológicas, como por exemplo poliomielite, paralisia cerebral.
  • Congênita : oriunda de uma má-formação
  • Pós-traumática

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de testes clínicos e de radiografias. Em todos os casos de escoliose, é importante o diagnóstico precoce e a avaliação clínica completa e radiológica do paciente.A avaliação postural faz parte da avaliação clínica, sendo de fundamental importância para o diagnóstico. Nela, o examinador compara os dois hemicorpos do indivíduo nas vistas anterior, posterior e lateral, observando possíveis diferenças e assimetrias ( Calliet, 1979). O controle da evolução sistemática é a forma de minimizar os danos dessa patologia que, quando não tratada corretamente, pode causar danos irreparáveis.

Tratamento

O tratamento das escolioses baseia-se, dentre outros fatores, na idade, na flexibilidade, na gravidade da curva e na sua etiologia, compreendendo a correção das deformidades, com tratamento conservador, que inclui fisioterapia e utilização de coletes, adaptação de palmilhas posturais que incrementam a eficácia e o tempo do tratamento (Podoposturologia) ou o tratamento cirúrgico (Tribastone, 2001). Na opção de tratamento conservador a fisioterapia utiliza-se dos benefícios da R.P.G. ou Reeducação Postural Global, como método que corrige ou minimiza a escoliose através da identificação da causa do problema.

Cifose (corcunda)

Definida como um aumento da curvatura no plano sagital da coluna torácica. Alguns autores citam que o ângulo da cifose torácica pode variar normalmente entre 20º e 40º utilizando o método de Cobb (POOLMAN, BEEN & UBAGS, 2002). Outros citam que a cifose torácica média é de 37º Cobb (LOUBRESSE,VIALLE & WOLLF, 2005), e fixam entre 20º a 50º Cobb o limite entre o fisiológico e o patológico (FON, PITT & THIES, 1980); (BERNHARDT & BRIDWELL, 1989).
As curvaturas da coluna são definidas durante o crescimento e suas amplitudes variam de indivíduo para indivíduo. Para cada pessoa essa combinação de curvas resulta em uma economia fisiológica para a postura em pé. É preciso levar em consideração essa grande variedade fisiológica para classificar essas curvaturas em patológicas e não patológicas. As hipercifoses patológicas podem ser divididas em dois grandes grupos, aquela em que o caráter patológico se deve a importância de sua curvatura (ou posturais) e aquelas em que a característica patológica é inegável como nos casos de doenças congênitas ou adquiridas, as quais são responsáveis pelo desenvolvimento da curvatura acentuada (LOUBRESSE,VIALLE & WOLLF, 2005).

Sintomas

A instalação da deformação (costas arqueadas) faz-se, habitualmente, de forma lenta, com ou sem dor nas costas, fadiga, sensibilidade e rigidez da coluna vertebral.



Espero que você tenha gostado do texto.

Se você quiser programas de Exercícios específicos para Dores na Coluna, conheça a página de Serviços da FisioQuality clicando aqui .

Se você quiser receber notícias sobre saúde em geral, entre no grupo do Whatsapp e segue a gente no Instagram..

Deixe seu comentário:

Nenhum comentário

Comente com educação que o seu comentário será aprovado. Participe sempre!